Profissional do Futuro e Ética
Artigo: agosto de 2020
Artigo: agosto de 2020
Estamos na era da informação, à beira da indústria 4.0, onde desde dados sobre o seu caminhar até imagens de galáxias distantes são registrados e armazenados. O ser humano alcançou um ponto nunca visto ou imaginado antes; geramos cerca de 2,2 milhões de terabytes por dia, dados que podem estar disponíveis em qualquer lugar do mundo em um piscar de olhos. Há quem diga que os dados são o novo petróleo.
Para lidar com essa evolução e com a incerteza sobre o que o futuro nos reserva, as empresas fazem de tudo para se prepararem e, se possível, liderarem essa transformação. Uma das formas de alcançar esse objetivo é buscar profissionais com a capacidade de imaginar e ajudar a construir esse futuro, valorizando a diversidade de pensamento, vivências, formações, entre outros aspectos. Outro perfil em alta são os profissionais que conseguem lidar com essa avalanche de dados, analisando e extraindo inteligência para tomar as melhores decisões.
O cientista de dados é um profissional versátil, um verdadeiro engenheiro lógico. Ele precisa ser excelente no campo das exatas para poder se comunicar com máquinas, utilizando diversas linguagens de programação, realizando pesquisas e cruzando dados de diferentes origens e formatos. Mas ele também deve ter um profundo entendimento das ciências humanas para modelar essas informações e apresentá-las de forma compreensível para aqueles que não possuem o mesmo "dom". Isso inclui a criação de relatórios, dashboards interativos e a formulação de argumentos sólidos para defender teses e ideias.
Como vimos, não é uma tarefa simples. O trabalho de um cientista de dados é uma verdadeira pesquisa, onde os dados quase nunca estão prontos para serem apresentados e raramente fazem sentido à primeira vista. Como em qualquer pesquisa, é necessário realizar uma investigação minuciosa, sempre mantendo uma mente aberta ao contraditório e evitando se apegar a preconceitos ou caminhos predeterminados. Não há apenas um caminho para chegar a um destino, e, às vezes, um destino pode ser melhor que outro. Esse é um trabalho acadêmico que precisa ser aplicado ao mundo dos negócios. Por isso, o profissional de dados deve saber criar propostas de visualização de dados, ou pelo menos identificar os KPIs e variáveis (indicadores-chave) que apontam as direções mais promissoras para a rentabilidade do negócio.
Depois de entender esse contexto, surge uma pergunta: quando uma pesquisa é feita, defendendo teses ou tomando decisões, é ético indicar as referências? Por que, então, seria diferente com os dados? Em um mundo onde os dados pulsam freneticamente, as descobertas serão feitas rapidamente, resolvendo problemas em tempo recorde. No entanto, tudo isso pode ser copiado com a facilidade de um Ctrl+C. Nada é mais ético do que dar os devidos créditos às fontes de informação e conhecimento.
Este artigo foi criado para iniciar um movimento, não só de reconhecimento profissional, mas também de promover uma forma mais ética de lidar entre todos os profissionais. Cada um tem sua importância, e todos são necessários para que os negócios tenham sucesso no futuro.
Contem comigo! Sou Robson Pestana, analista de gestão de Empresas PME na Serasa Experian, Data Scientist, e estou aqui para mostrar o que o poder dos dados pode fazer pela sua empresa. (histórico, 2020)